segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Flexibilidade e Alongamento

Muita gente acha que é sinônimo e outros ate confundem os dois termos. Flexibilidade é definida como a total amplitude de um movimento na articulação (grau 0) ou de grupos de articulações envolvidos num determinado esforço com ou sem a ajuda de uma pessoa ou equipamento. Ela não é generalizada, ou seja, podendo ate ser específica para um só movimento na articulação de determinado movimento. Um exemplo seria uma pessoa com ótima flexibilidade nos joelhos e péssima nos ombros.
O alongamento enquanto isso é um conjunto de técnicas, exercícios ou manobras terapêuticas que tem por objetivo alongar (esticar) estruturas de tecido mole para se manter ou aumentar a amplitude dos movimentos de determinada flexibilidade.
Assim sendo, podemos dizer que a flexibilidade é considerada uma valência física e o alongamento o meio para desenvolver esta valência, a flexibilidade.

Flexibilidade


A flexibilidade é a amplitude de movimentos (ADM), ou seja, o grau de amplitude em que uma estrutura pode se afastar da outra, onde o máximo seria o ângulo de 0º, ao passar disso seria considerada hiperflexibilidade.
Tipos de Flexibilidade

Ativa
– é a máxima amplitude que se pode obter através de movimentos efetuados pelos músculos de forma voluntária.
Passiva
– é a máxima amplitude articular que se consegue em um movimento através de uma ação de uma segunda pessoa, aparelhos, força da gravidade, etc.

Manifestação

Estática
– o componente estático se refere à amplitude máxima de um movimento.
Dinâmica
– o componente dinâmico refere-se à resistência ou rigidez oferecida ao movimento dentro de uma determinada amplitude.

Fatores influenciadores da Flexibilidade:

Idade:
quanto mais velha a pessoa, menor sua flexibilidade;

Sexo:
a mulher, por possuir tecidos menos densos é, em geral, mais flexível que o homem.

Individualidade Biológica:
pessoas de mesmo sexo e idade podem possuir graus de flexibilidade totalmente diversos entre si;

Tonicidade Muscular:
o tônus muscular é o grau de firmeza dos tecidos musculares. O aumento do tônus muscular poderá prejudicar a flexibilidade;

Respiração:
É um fator considerado de extrema importância na aquisição da flexibilidade. Deve ser feita pelo nariz, sendo que a expiração dura o dobro do tempo da inspiração, que deve ser lenta e profunda;

Hora do dia:
Ao acordar, todos os componentes plásticos do corpo estão em sua forma original, ocasionando uma resistência aos movimentos de maior amplitude. Por volta do meio dia esses fatores já foram contornados e a flexibilidade atinge seus níveis normais;

Temperatura ambiente:
o frio reduz à elasticidade muscular, inversamente, as temperaturas altas ocasionam o relaxamento da musculatura e seu aumento da flexibilidade.
Diferentes Flexibilidades

Flexibilidade Balística:
por agente externo, de forma rápida e explosiva, grande possibilidade de causar uma lesão muscular;
Flexibilidade Estática:
por agente externo, de forma lenta e gradual, buscando alcançar o limite máximo;
Flexibilidade Dinâmica:
expressa pela máxima amplitude de movimentos, voluntariamente, obtida pelos músculos motores, de forma rápida;
Flexibilidade Controlada:
É a que permite sustentar um segmento corporal, de forma lenta, numa contração isométrica, realizada numa maior amplitude. Ex: ginastas e dançarinos.

Alongamento

O alongamento é um conjunto de técnicas utilizadas para se manter ou para se aumentar a amplitude de movimentos, pode ser utilizado como aquecimento ou após atividades físicas, evita a nodosidade muscular. Não tem risco de distensão e não há aumento da mobilidade articular.
Não força a articulação, os componentes plásticos são deformados pelo trabalho, os componentes elásticos são estirados ao nível submáximo e os mecanismos de propriocepção e os terminais nervosos da dor não são estimulados.

Tipos de Alongamento
- Estiramento: É o alongamento que pode ser feito, sozinho, com um parceiro ou em equipamento. Deve-se alongar até atingir o limite dos arcos de movimento. Existem três tipos:
Passivo:
Consiste em manter a amplitude do movimento durante vinte segundos, ou mais, se for relaxando com o tempo. De três a cinco series.

Ativo:
Consiste em alongar até perto do limite e dar pequenas forçadas( nº de repetições), fazer de duas a três series de 6 repetições. Se fizer muitas repetições o trabalho irá se transformar num flexionamento.

Misto:
Consiste em forçar até perto do limite, fazer quatro repetições e depois segurar mais quatro segundos no ponto máximo atingido. É a forma de alongamento mais adequada para se usar de alongamento.
- Suspensão: Nesse tipo são trabalhados os músculos e os ligamentos, as articulações não apresentam movimento. Consiste em se pendurar e ficar suspenso, por no máximo vinte segundos. Esse alongamento ajuda a retirar a água e os catabólicos provenientes das contrações musculares.
- Soltura:
Consiste em balançar os músculos, muito tradicional em nadadores, que balançam o tríceps. Pode ser feito por um companheiro. É relaxante pois provoca a desconexão das ligações de actina-miosina remanescentes.

Reflexo de Alongamento

Os músculos estão protegidos por um mecanismo denominado reflexo de alongamento. Toda vez que estirar excessivamente as fibras musculares (seja por balanceios ou por excesso de alongamento) há a resposta do reflexo neuronal, que envia um sinal para os músculos se contraírem, o que impede que os músculos sejam lesionados. Portanto, quando você faz um alongamento desmesurado está contraindo os mesmos músculos que está querendo alongar.
Resposta Elástica X Resposta Plástica
Quando se alonga um músculo, ou grupo muscular, sem forçar demais sua amplitude de movimento, é gerado um afastamento do local de origem e inserção do músculo, que chamamos de alongamento. Se este alongamento ocorrer de forma suave e chegar próxima a sua amplitude articular máxima e for mantida a posição por pouco tempo, a fibras musculares se alongam e posteriormente quanto relaxada à postura essas mesmas fibras voltam a sua posição e comprimento normais. Isto é chamado de resposta elástica da musculatura.
Quando, porém o tempo de permanência na postura aumenta, e conseqüentemente tenta-se aumentar a amplitude de movimento, acaba-se gerando uma deformidade plástica na musculatura, onde as fibras perdem por algum tempo sua capacidade contrátil, sendo está situação chamada de resposta plástica da musculatura. Sendo esta resposta a mais significativa para ganhos de amplitude do arco de movimento.

Algumas ocasiões em que se devem evitar exercícios de alongamento

- Sempre que houver evidência de um processo inflamatório agudo ou infeccioso.

- Sempre que um bloqueio ósseo limitar a amplitude articular, deve-se evitar o aumento da flexibilidade.
- Após uma fratura recente.


Flexionamento

No flexionamento a articulação é forçada ao seu limite máximo, os componentes plásticos já se encontram totalmente deformados, os componentes elásticos são estirados até o limite máximo, mecanismos de propriocepção são estimulados e os terminais nervosos da dor podem ser estimulados nos limites máximos.

O Flexionamento tem o risco de distenção, aumenta a mobilidade articular, deve ser trabalhado em seção especial e também evita a formação da nodosidade muscular, porém, não deve ser utilizado como aquecimento nem após atividades físicas (exemplo musculação).

Fazendo o trabalho de alongamento você simplesmente mantém a sua flexibilidade. A flexibilidade só é melhorada com a pratica do flexionamento.

Alongamento X Flexionamento
É importante ressaltar a diferença entre alongamento e flexionamento. O alongamento é um processo natural que dura alguns segundos e prepara a musculatura para qualquer atividade e pode ser feito por qualquer pessoa, como costumamos fazer após acordarmos. No entanto, se uma pessoa tem como objetivo ganhar mais flexibilidade, ela necessita de um trabalho mais intenso e de maior duração, que é o flexionamento.

Tipos de Flexionamento

Método ativo ou dinâmico:

Método passivo ou estático:
alongar um pouco a mais do limite, segurar por seis segundos, fazer novo alongamento e segurar por mais dez segundos. Fazer de três a seis series. Esse tipo de flexionamento aumenta a flexibilidade das articulações.
Método de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP):
Esse método foi inicialmente criado para fins terapêuticos, a partir daí, foi criado um método baseado no método Kabat, para aplicar em ginastas, nadadores e bailarinos.

Benefícios do Alongamento

Aumento da temperatura; ativa a circulação;

Reduz o risco de entorse articular ou lesão muscular;

Reduz a irritabilidade muscular; relaxa a musculatura;

Torna o músculo mais forte e resistente;

Benefícios para a coordenação, pois os movimentos tornam-se mais soltos e fáceis;

Facilita atividades como: corrida, dança, tênis, natação, ciclismo, na medida em que prepara o corpo para a atividade. Fazer alongamentos nessas situações é como sinalizar para os músculos que estão prestes a ser utilizados;

Desenvolve a consciência corporal. Melhorando a postura, conforme alonga, as várias partes do seu corpo, você as focaliza e entra em contato com as mesmas. Você aprende a conhecer-se;

Ajuda a liberar os movimentos bloqueados por tensões emocionais, de modo que isto aconteça de forma espontânea;

Reduz as tensões articulares provocadas por músculos muito encurtados, que na maioria das vezes são responsáveis por problemas articulares (principalmente em idosos ou em indivíduos que se viciam em posições erradas do dia a dia);

Aumento da eficiência mecânica por permitir a realização dos gestos desportivos em faixas aquém do limite máximo onde a resistência ao gesto é maior;

Permite a realização de gestos e movimentos que sem esta seriam simplesmente impossíveis;

Diminuição de riscos de lesões e distensões, apesar de não confirmado experimentalmente;

Propicia condições para melhoria da agilidade, força e velocidade, reduzindo a deteorização física associada com a idade;

Aumenta o relaxamento muscular;

Reduz a resistência tensiva muscular antagonista e aproveita mais economicamente a força dos músculos agonistas.
Objetivos do Alongamento

Restaurar a amplitude de movimento normal na articulação envolvida e a mobilidade das partes moles adjacentes a esta articulação;
Prevenir o encurtamento ou tensionamento irreversíveis de grupos musculares;
Facilitar o relaxamento muscular;

Aumentar a amplitude de movimento de uma área particular do corpo ou corporal de forma geral antes de iniciar os exercícios de fortalecimento;

Reduzir o risco de lesões músculo-tendinosas (tendinite).
Indicações do Alongamento

Quando a amplitude de movimento de uma articulação estiver limitada por contratura ou outra anormalidade das partes moles que levam ao encurtamento dos músculos, tecidos conjuntivos ou tecidos epidermais;

Quando a limitação da movimentação da articulação causa deformidades esqueléticas evitáveis que podem influenciar na simetria corporal e postura;

Quando os músculos tensos ou encurtados interferem na atividade de vida diária ou na atividade física;
Quando existe um desequilíbrio muscular, ou quando um músculo esta fraco e o tecido oposto tenso. Estes músculos precisam ser alongados o suficiente para obter uma significativa amplitude de movimento antes que os exercícios de fortalecimento possam se tornar eficazes.
Principais músculos a serem alongados: Pescoço, ombro, braço / antebraço / dedos, tríceps, dorsais, peitorais, posteriores dorsais, peitorais da coxa, quadríceps, adutores, panturrilha.

Retirado de: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/flex_along_thiago.htm




MARCHA

Uma dos movimentos humanos mais importantes pro fisioterapeuta é a marcha, vê suas etapas, os tipos, associar a marcha do indivíduo à patologias é super importante. Além de forma de avaliação é também uma forma de tratamento.
A MARCHA HUMANA

No primeiro ano de vida, há estreita relação entre as funções que aparecem e desaparecem e a evolução estrutural do sistema nervoso central. É fora de discussão que as funções mais elementares de sistemas mais primitivos vão sendo paulatinamente inibidas pelos sistemas hierarquicamente superiores. O bebê começa a deambular entre os doze e quatorze meses iniciais da sua vida, porém isso dependerá, e muito, das experiências que ele vivenciará nesta fase.
Nessa etapa de vida, o apoio plantar é feito basicamente pelo bordo medial dos pés e calcâneo. Em geral durante a marcha, atitude dos membros superiores, e de abdução das escapuloumerais, flexão dos cotovelos, a fim de auxiliar no equilíbrio do corpo ao deslocar-se.
Somente quando a criança começa a andar é que aparecem as reações de equilíbrio na posição de pé.Chamamos de alteração nesta fase a criança que ao deambular o faça com apoio, se andar nas pontas dos pés ou se claudicar.O colocar a criança de pé, mesmo com apoio precocemente, pode levar a sérios danos a coluna espinhal, assim como deformidades nos joelhos que irão interferir na marcha.
No ato normal de caminhar, um ciclo de marcha começa quando o calcanhar do membro de referência contacta a superfície de sustentação, e este ciclo termina quando o calcanhar do mesmo membro contacta novamente o solo.
O ciclo da marcha divide-se em duas fases: a primeira de apoio e balanço e a segunda de dupla sustentação. Na marcha normal a fase de apoio constitui 60% do ciclo da marcha e é definida como o intervalo em que o pé do membro de referência está em apoio com o solo; a fase de balanço constitui 40% do ciclo da marcha, e é onde o membro de referência não contacta o solo. A dupla sustentação refere-se aos dois intervalos num ciclo da marcha em que o peso corporal está sendo transferido de um pé para o outro, e ambos os pés estão em contato com o solo, ao mesmo tempo.

Durante um ciclo completo, o centro de gravidade é deslocado duas vezes em seu eixo vertical. O pico se dá durante o meio da postura na fase estática quando a perna sustentadora de peso está vertical e seu ponto mais baixo quando as duas pernas estão sustentando peso com posição de apoiar o calcanhar e a outra em ponta de dedos.

Rotação e inclinação pélvica:

A rotação pélvica visa diminuir a ondulação vertical, na qual a pelve oscila sobre um eixo da coluna lombar. O grau de compensação da pelve durante o passo também diminui o ângulo entre a pelve e a coxa e a perna e o solo. Por outro lado, a inclinação pélvica é uma queda da pelve do lado do balanceio. A perna de apoio está aduzida e a perna em movimento levemente aduzida, e fletida no quadril e joelho para se erguer do solo.

Flexão do joelho na fase de apoio:
O joelho durante a fase de apoio está completamente estendido quando o calcanhar toca o solo, o que inicia a fase de apoio para a perna Quando o corpo se desloca sobre o seu centro de gravidade o joelho flete, o corpo passa sobre o pé e o joelho gradualmente reestende até a extensão total no fim da fase de apoio.
O movimento conjugado entre o joelho e o tornozelo relaciona-se com a ondulação da pelve. No apoio do calcanhar, o tornozelo promove 90º de dorsiflexão e gradualmente flete em sentido plantar para se aplanar no solo quando o corpo se aproxima do centro de gravidade.


Os músculos acionadores, estabilizadores e desaceleradores possuem um papel de grande importância para a realização da marcha.

Os músculos eretores da espinha elevam a pelve e os glúteos estabilizam o quadril, durante o desvio lateral da pelve. Os flexores do quadril iniciam a fase de movimento ocasionando um pêndulo nos músculos da coxa e perna.

O quadríceps exerce uma grande atividade muscular durante a marcha, assim como os abdominais, isquios-tibiais, gastrocnêmios, solear, psoas, piramidal, quadrado lombar.

Podemos observar que todos os músculos, até de cadeias musculares mais distantes, são solidários para a realização da marcha, e mais, que o estado psicossocial do indivíduo altera a marcha.

Tipos de Marcha:
  • Marcha atáxica: É uma marcha descoordenada, que ocorre comumente em pessoas com paresias (dificuldades ou diminuição de movimentos), por problemas neurológicos. Mas pode ocorrer por cansaço extremo.
  • Marcha escavante: Encontrada em lesões do nervo fíbula comum ou ciaticopoplíteo externo, que não permite a dorsiflexão do pé. Em conseqüência, o paciente ao andar flete a coxa, levanta demasiadamente a perna e nota-se que o pé cai. O bico do sapato toca no solo como se escavasse o mesmo, por isto seu nome "escarvante" ou stepage
  • Marcha anserina: Nela, há oscilações da bacia, as pernas estão afastadas, há hiperlordose lombar, como se o paciente quisesse manter o corpo em equilíbrio, em posição ereta, apesar do déficit muscular. A inclinação do tronco para um lado e para o outro confere à marcha a semelhança da marcha de um ganso, daí o nome de marcha anserina. Este tipo de marcha pode ser encontrada em qualquer processo que cause fraqueza dos músculos pélvicos, como nas polineuropatias pseudomiopáticas, miosites e polimiosites
  • Marcha claudicante:pode significar debilidade dos membros inferiores, e não perda ou inutilização de membro, sentido ou função. Porque a perda de membro, sentido ou função, pode ser mutilação (causada pela violência do golpe), amputação (por cirurgia necessária), ou mesmo a inutilização, em que o membro ou órgão, apesar de ligado ao corpo, não mais tem capacidade funcional. Entretanto, a perda de um dos órgãos duplos caracteriza lesão grave e não gravíssima.
  • Marcha Parkinsoniana. A marcha se faz em bloco, pois o paciente encontra-se rígido. A rigidez muscular generalizada torna difícil o início da marcha, dando a impressão de que o enfermo se acha preso ao solo. Às vezes, só após algumas tentativas consegue iniciar a marcha, que se realiza em passos curtos, com a cabeça e o tórax inclinados para frente. Os antebraços e os joelhos rígidos em discreta flexão. Não há o balanço dos braços como na marcha normal.
  • Marcha em Tesoura. Encontrada na paralisia cerebral ou enfermidade de Little, pois além da hipertonia extensora dos membros pélvicos, há acentuado hipertonia dos músculos adutores, fazendo com que as coxas se unam e os membros inferiores se cruzem para o lado oposto, conferindo à deambulação alternância cruzada em cada passo.
  • Entre outras.
Sabendo-se o ciclo da marcha e os tipos pode-se tentar trabalhar melhorando a deambulação de pacientes com deficiencias e/ou disfunções musculoesqueléticos.

O caminhar é mais amplo do que o simples fato de conseguir dar alguns passos. É fazê-lo em direção ao bem estar, a segurança de fazê-lo sem medo do futuro, mais na confiança de que existe alguém capaz de ampará-lo no caso dele vir a tropeçar.
Marcha antálgica

domingo, 31 de agosto de 2008

Revisão de Anatomia

Anatomia é uma das matérias mais importantes para entender como funciona o corpo humano e muitas vezes é esquecido alguns conceitos básicos. Então para revisar a matéria:

REVISÃO DE ANATOMIA

Posição Anatômica

Todos os termos que descrevem as relações de uma parte do corpo com as outras são estabelecidos com referência a uma posição anatômica padrão.

Na posição anatômica, o corpo está:

- Em postura ereta, com o olhar para o horizonte;

- Os braços pendentes, ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para frente (posição supina);

- Os pés estão ligeiramente afastados e apoiados e apoiados no solo.


Planos do Corpo

Os planos de referência derivam das dimensões do espaço e se encontram formando ângulos retos entre si; são usados para descrever as disposições estruturais. São planos de delimitação do corpo humano.

- Há três planos específicos:

Plano sagital

Divide o corpo verticalmente em duas metades: direita e esquerda.

Plano frontal ou coronal

Divide o corpo verticalmente em duas metades: anterior e posterior.

Plano transverso ou horizontal

Divide o corpo horizontalmente em duas metades: superior e inferior.

Divisão do Esqueleto

Esqueleto Axial

Cabeça

Crânio (8 ossos );

Face (14 ossos).

Coluna vertebral

Trinta e três (33) vértebras.

Costelas

Doze (12 ) pares.

Esterno

Um (1) osso


Esqueleto Apendicular

Membros Superiores, incluindo a cintura escapular.

Sessenta e quatro (64) ossos.

Membros inferiores, incluindo a cintura pélvica.

Sessenta e dois (62) ossos.



Osteologia da cabeça (Crânio e Face)

Ossos da cabeça

Face (14 ossos)

Crânio (8 ossos)

Ímpares

Pares

Ímpares

Pares

Mandíbula;

Vômer.

Conchas nasais inferiores (cornetos);

Nasais;

Lacrimais;

Zigomáticos;

Maxilares;

Palatinos.

Frontal;

Occipital;

Etmóide;

Esfenóide.

Temporais;

Parietais.


Ossos do crânio

Um(1) frontal = forma a fronte e possui uma cavidade, o seio frontal.

Um(1) occipital = situado na parte posterior e inferior, possui o forame magno para passagem do sistema nervoso central.

Um(1) etmóide = apresenta as conchas nasais superiores e média que se projetam na cavidade nasal, possui uma lâmina horizontal, perfurada (lamina crivosa), por onde passam os filetes do nervo olfatório, que é o, primeiro par craniano.

Um(1) esfenóide = contém o seio esfenoidal, apresenta uma depressão- a sela túrcica, onde se aloja a glândula hipófise.

Dois(2) temporais = formam as paredes laterais do crânio.

Dois(2) parietais = formam a parte superior da calota craniana.

Ossos da face

Uma(1) mandíbula = é um osso móvel na sua articulação crânio-temporal. Apresenta cavidades aveolares onde se implantam os dentes.

Um(1) vômer = faz parte do septo nasal.

Duas(2) conchas nasais inferiores = projetam-se das paredes laterais da cavidade nasal.

Duas(2) nasais = formam o “teto” do nariz.

Duas(2) lacrimais = limitam a fossa lacrimal.

Dois(2) zigomáticos = localizados lateralmente na face.

Dois(2) maxilares = separam, em parte, as cavidades nasal e bucal.

Dois(2) palatino = formam o “teto” da boca – a abóbada palatina.

Coluna Vertebral

A coluna vertebral, ou coluna raquídea, faz parte do esqueleto axial, constituindo o eixo principal do corpo; está situada na linha média da parte posterior do tronco.

Ela é formada por uma série de trinta e três (33) a trinta e quatro (34) pequenos ossos discóides superpostos chamados Vértebras, separados uns dos outros por discos, ou lâminas de tecido, fibrocartilaginosos e unidos por fortes ligamentos. Apenas as vértebras sacrais são fundidas em peça única.

As vértebras estão distribuídas em cinco (5) regiões:

Região cervical – sete (7) vértebras;

Região torácica – doze (12) vértebras;

Região lombar – cinco (5) vértebras;

Região sacral – cinco (5) vértebras fundidas e

Região coccigiana – quatro (4) fundidas

A coluna vertebral do adulto apresenta quatro (4) curvaturas ântero-posteriores:

Lordose cervical – concavidade posterior;

Cifose torácica – convexidade posterior;

Lordose lombar – concavidade posterior e

Cifose sacral – convexidade posterior.

Denominação das vértebras
:

Por razões práticas, contamos as vértebras de cima para baixo e são nomeadas por suas iniciais, conforme a sua localização.

Apenas a primeira, segunda e sétima vértebra cervicais têm nome específicos, respectivamente:

Atlas (C1);

Áxis (C2) e

Proeminente (C7).


Movimentos vertebrais:

Alem dos diversos segmentos vertebrais resulta em uma ampla mobilidade da coluna vertebral em conjunto.

Os movimentos da coluna vertebral são:

Flexão- É a inclinação da coluna para frente. Ampla nas regiões cervicais e lombares, mas é reduzida no segmento torácico pela presença das costelas, esterno e clavículas, para a compressão dos órgãos toracolombares.

Extensão- É a flexão posterior da coluna, ou seja, inclinação para trás. Apresenta grande amplitude na coluna cervical e lombar (junção lombo-sacral), e é limitada na região torácica pelos processos espinhosos.

Flexão lateral- É o movimento da coluna no plano frontal, inclinação para a direita e esquerda. A inclinação lateral apresenta maior liberdade nas regiões cervicais para a direita e esquerda. Durante a flexão lateral ocorre uma discreta rotação vertebral, devido às curvaturas normais e à obliqüidade das facetas articulares.

Rotação- É o movimento da coluna no plano horizontal, à direita e à esquerda. A rotação e livre na coluna cervical e nas porções superiores da coluna torácica. Geralmente a rotação é muito limitada na coluna lombar, devido à forma e direção das facetas articulares.


Ossos dos membros superiores

O membro superior é composto por quatro (4) partes principais (somando um total de trinta e dois (32) ossos para cada lado.

Cintura Escapular

Clavícula

Escapula

Braço

Úmero

Antebraço

Rádio(lateralmente)

Ulna(medialmente)

Mão

Carpo (oito ossos)

1ª Fileira

Escafóide

Semilunar

Piramidal

Pisiforme

2ªfileira

Trapézio

Trapezóide

Capitato

Hamato

Metacarpo(cinco ossos)

I° metacarpiano

II° metacarpiano

III° metacarpiano

IV° metacarpiano

V° metacarpiano

Dedos da mão(quatorze falanges)

Cinco dedos, cada dedo com três falanges, execeto o polegar, com duas falanges.

Dedos da mão

Polegar

Indicador

Médio

Anular

Mínimo

Ossos do membro inferior

O membro inferior é especializado para locomoção de peso e manutenção do equilíbrio. Compreende quatro (4) segmentos principais:

Cintura Pélvica

Ilíacos (um par)

Ísquio

Ílio

Púbis

Coxa

Fêmur

Patela (osso sesamóideo)

Perna

Tíbia (Internamente)

Fíbula (lateralmente)

Tarso (sete ossos)

Fileira posterior (proximal)

Calcâneo

Tálus

Fileira anterior (distal)

Escafoide ou navicular

Cubóide

Cuneiformes (três)

Metatarso (cinco ossos)

I, II, III, IV e V metartasianos

Dedos (quatorze falanges)

Cada dedo, três falanges

Hálux, duas falanges



Esqueleto do tórax

O tórax é uma grande “caixa”, óssea, que protege órgãos vitais como o coração e os pulmões, além dos grandes vasos.

As costelas, cartilagem costais, vértebras torácicas e osso esterno compõem o esqueleto do tórax.

As costelas

Compreendem doze (12) ossos planos alongados que se fixam à coluna vertebral, assim classificados:

Costelas verdadeiras (sete pares)- Estão unidas ao osso esterno por cartilagem costal; são as sete primeiras costelas.

Costelas falsas (três pares)- Cada costela, da oitava à decima, é ligada por sua cartilagem costal à cartilagem da costela superior.

Costelas flutuantes (dois pares)- Não se articulam com o osso esterno; elas terminam nos músculos da parede anterior do abdome.
Cada costela apresenta basicamente os seguintes acidentes ósseos
.
Corpo

Face externa – convexa, contém dois ângulos, anterior e posterior.

Face interna – côncava e lisa.

Bordo superior – ponto de inserção para os músculos intercostais.

Bordo inferior ( é o cortante) – provido de um sulco que aloja os vasos e nervos intercostais.

Extremidade anterior – escavada, recebe a cartilagem costal (articulação condrocostal).

Extremidade posterior – é formada pela cabeça, colo e o tubérculo.


Osso esterno ( Do grego STÉRNON = “peito”)

É um osso formado pela reunião de três peças ósseas:

Manúbrio,

Corpo e

Processo xifóide.


Acidentes ósseos

Face anterior- Apresenta cristas transversais (fusão das peças ósseas)

O manúbrio com o corpo esternal formam um ângulo (ângulo de Louis)

Inserção para os seguintes músculos:

1) Esternocleidosmastóideo

2) Peitoral maior

3) Reto do abdome

Face posterior- Apresenta as cristas, semelhantes às da face anterior

Inserção para os seguintes músculos

1) Esterno – hióideo

2) Triangular do esterno



Base ou manúbrio

Apresenta três incisuras:

1) Na linha média do osso, a incisura jugular (fúrcula esternal)

2) Lateralmente, incisuras claviculares: direita e esquerda (articulação com a clavícula)


Bordas laterais do esterno

Apresenta sete pequenas superfícies articulares de cada lado, denominadas incisuras costais (articulação para as sete primeiras cartilagens costais).


Processo xifóide
(Xifóide do Grego XIPHCEIDÉS = “ESPADA”)

As vezes cartilaginosos, é o último segmento do esterno a ossificar-se por volta dos quarenta anos de idade. Serve de inserção para a linha Alba e o músculo diafragma.

Retirado de: http://www.wgate.com.br/conteudo_fisioweb.asp?p=resumo_anatomia
Para quem gostou do que é de fato a Fisioterapia e quer ingressar nessa profissão, abaixo vai a lista das melhores Faculdades de Fisioterapia da Bahia segundo o ENADE (Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes) 2008.

1º Faculdade Adventista de Fisioterapia- Cachoeira - BA > http://www.adventista.edu.br/
2º Centro Universitário da Bahia - Salvador -BA > http://www.fib.br/
3º Centro Universitário Jorge Amado - Salvador - BA > http://www.jorgeamado.edu.br/
4º Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Salvador - BA >http://www.fbdc.edu.br/
5º Faculdade de Tecnologia e Ciências - Salvador, Feira de Santana, Jequié, entre outras cidades - BA > http://portal.ftc.br/index.php
6º Instituto Baiano de Ensino Superior - Salvador - BA > http://www.ibes.edu.br/
7° Universidade Católica do Salvador - Salvador - BA > http://www.ucsal.br/
8º Universidade Estadual da Bahia - Salvador -BA > http://www.uneb.br/
Visitem os sites, a ordem acima é da qualidade divugada pelo MEC.

O QUE É FISIOTERAPIA?

DEFINIÇÃO Ciência aplicada tendo por objeto de estudos o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, tanto nas alterações patológicas quanto nas repercussões psíquicas e orgânicas.
Seu objetivo é preservar, manter (forma preventiva), desenvolver ou restaurar (reabilitação) a integridade de órgãos, sistema ou função.
Como processo terapêutico utiliza conhecimentos e recursos próprios, utilizando-os com base nas condições psico-físico-social, tendo por objetivo promover, aperfeiçoar ou adaptar o indivíduo a melhoria de qualidade de vida.
Para tanto utiliza-se da ação isolada ou conjugada de fontes geradoras termoterápicas, crioterápicas, fototerápicas, eletroterópicas, sonidoterápicas e aeroterápicas além de agentes cinésio-mecanoterápicos e outros mais advindos da evolução dos estudos e da produção científica da área.
Atividade regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, Resoluções do COFFITO-Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94 e Portarias do Ministério da Saúde. FISIOTERAPEUTA Profissional de Saúde, com formação acadêmica Superior, habilitado a construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais, a prescrição das condutas fisioterapêuticas, sua ordenação e indução no paciente, bem como, o acompanhamento da evolução do quadro funcional e a sua alta do serviço. ATRIBUIÇÕES O fisioterapeuta presta serviços nas áreas da saúde, educação, esporte, empresarial, atuando ainda no campo da pesquisa.
O exercício profissional do fisioterapeuta compreende a avaliação físico-funcional do paciente, a prescrição do tratamento, a indução do processo terapêutico, a alta no serviço de Fisioterapia e a reavaliação sucessiva do paciente para constatação da existência de alterações que justifiquem a necessidade de continuidade das práticas terapêuticas. ÁREAS DE ATUAÇÃO 1 - Fisioterapia Clínica A - Hospitais e clínicas
B - Ambulatórios
C - Consultórios
D - Centro de reabilitação 2-Saúde Coletiva A - Programas institucionais
B - Ações Básicas de Saúde
C - Fisioterapia do Trabalho
D - Vigilância Sanitária 3-Educação A - Docência (níveis secundário e superior)
B - Extensão
C - Pesquisa
D - Supervisão (técnica e administrativa)
E - Direção e coordenação de cursos 4-Outras A - Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico
B - Esporte
C - Acupuntura 5- Exigências Legais A - Responsabilidade Técnica
B - Registro Profissional ATRIBUIÇOES PROFISSIONAIS 1 - FISIOTERAPIA CLÍNICA 1.1 - Atribuições Gerais 1.1.1 - Prestar assistência fisioterapêutica (Hospitalar, Ambulatorial e em Consultórios 1.1.2 - Prescrever, planejar, ordenar, analisar, supervisionar e avaliar atividades fisioterapêuticas dos clientes, sua eficácia, resolutividade e condições de alta. 1.2 - Atribuições específicas 1.2.1- Hospitais, Clínicas e Ambulatórios.
a) Definir, planejar, organizar, supervisionar, prescrever e avaliar as atividades da assistência fisioterapêutica aos clientes.
b) Avaliar o estado funcional do cliente, a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da anamnese funcional e exame de cinesia, funcionalidade e sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.
c) Estabelecer rotinas para a assistência fisioterapêutica, fazendo sempre as adequações necessárias.
d) Solicitar exames complementares para acompanhamento da evolução do quadro funcional do cliente, sempre que necessário.
e) Recorrer a outros profissionais de saúde e/ou solicitar pareceres técnicos especializados, quando necessário.
f) Reformular o programa terapêutico sempre que necessário.
g) Registrar no prontuário do cliente, as prescrições fisioterapêuticas, sua evolução, as intercorrências e a alta em Fisioterapia.
h) Integrar a equipe multidisciplinar de saúde, com participação plena na atenção prestada ao cliente.
i) Desenvolver estudos e pesquisas relacionados a sua área de atuação.
j) Colaborar na formação e no aprimoramento de outros profissionais de saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento em serviço.
k) Efetuar controle periódico da qualidade e resolufividade do seu trabalho.
1) Elaborar pareceres técnicos especializados. 1.2.2- Em Consultórios a) Avaliar o estado funcional do cliente, a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exámes laboratoriais e de imagens, da anamnese funcional e exame de cinesia, da funcionalidade e do sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.
b) Estabelecer o programa terapêutico do cliente, fazendo as adequações necessárias.
c) Solicitar exames complementares e/ou requerer pareceres técnicos especializados de outros profissionais de saúde, quando necessários.
d) Registrar em prontuário ou ficha de evolução do cliente, a prescrição fisioterapêutica, a sua evolução, as intercorrências e as condições de alta em fisioterapia.
e) Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária.
f) Efetuar controle periódico da qualidade e eficácia dos equipamentos, das condições sanitárias e da resolutividade dos trabalhos desenvolvidos. 1.2.3- Centros de Reabilitação a) Avaliar o estado funcional do cliente, a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da amnese funcional e do exame da cinesia, da funcionalidade e do sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.
b) Desenvolver atividades, de forma harmônica na equipe multidisciplinar de saúde.
c) Zelar pela autonomia científica de cada um dos membros da equipe, não abdicando da isonomia nas relações profissionais.
d) Integrar a equipe multidisciplinar, com participação plena na atenção de saúde prestada a cada cliente, na integração das ações multiprofissionalizadas, na sua resolutividade e na deliberação da alta do cliente.
e) Participar das reuniões de estudos e discussões de casos, de forma ativa e contributiva aos objetivos pretendidos.
f) Registrar no prontuário do cliente, todas as prescrições e ações nele desenvolvidas. 2 - SAÚDE COLETIVA 2.1 - Atribuição Principal Educação, prevenção e assistência fisioterapêutica coletiva, na atenção primária em saúde. 2.2 - atribuições específicas 2.2.1 - Programas Institucionais a) Participar de equipes multidisciplinares destinadas a planejar, implementar, controlar e executar políticas, programas, cursos, pesquisas ou eventos em Saúde Pública.
b) Contribuir no planejamento, investigação e estudos epidemiológicos.
c) Promover e participar de estudos e pesquisas relacionados a sua área de atuação.
d) Integrar os órgãos colegiados de controle social.
e) Participar de câmaras técnicas de padronização de procedimentos em saúde coletiva.
f) Avaliar a qualidade, a eficácia e os riscos à saúde decorrentes de equipamentos eletro-eletrônicos de uso em Fisioterapia. 2.2.2- Ações Básicas de Saúde
a) Participar de equipes multidisciplinares destinadas ao planejamento, a implementação, ao controle e a execução de projetos e programas de ações básicas de saúde.
b) Promover e participar de estudos e pesquisas voltados a inserção de protocolos da sua área de atuação, nas ações básicas de saúde.
c) Participar do planejamento e execução de treinamentos e reciclagens de recursos humanos em saúde.
d) Participar de órgãos colegiados de controle social. 2.2.3- Fisioterapia do Trabalho
a) Promover ações terapêuticas preventivas à instalações de processos que levam a incapacidade funcional laborativa.
b) Analisar os fatores ambientais, contributivos ao conhecimento de distúrbios funcionais laborativos.
e) Desenvolver programas coletivos, contributivos à diminuição dos riscos de acidente de trabalho. 2.2.4- Vigilância. Sanitária a) Integrar a equipe de Vigilância Sanitária. b) Cumprir e fazer cumprir a legislação de Vigilância Sanitária. c) Encaminhar às autoridades de fiscalização profissional, relatórios sobre condições e práticas inadequadas à saúde coletiva e/ou impeditivas da boa prática profissional.
d) Integrar Comissões Técnicas de regulamentação e procedimentos relativos a qualidade, a eficiência e aos riscos sanitários dos equipamentos do uso em Fisioterapia.
e) Verificar as condições técnico-sanitárias das empresas que ofereçam assistência fisioterapêutica à coletividade. 3- EDUCAÇÃO 3.1. Atribuição Principal a) Dirigir, coordenar e supervisionar cursos de graduação em Fisioterapia/Saúde;
b) Lecionar disciplinas básicas e profissionalizantes dos Cursos de Graduação em Fisioterapia e outros cursos na área da saúde;
c) Elaborar planejamento de ensino, ministrar e administrar aulas, indicar bibliografia especializada e atualizada, equipamento e material auxiliar necessários para o melhor cumprimento do programa;
d) Coordenar e/ou participar de trabalhos interdisciplinares;
e) Realizar e/ou participar de atividades complementares à formação profissional;
f) Participar de estudos e pesquisas em Fisioterapia e Saúde;
g) Supervisionar programas de treinamento e estágios;
h) Executar atividades administrativas inerentes à docência.
i) Planejar implementar e controlar as atividades técnicas e administrativas do ano letivo, quando do exercício de Direção e/ou Coordenação de cursos de graduação e pós-graduação;
j) Orientar o corpo docente e discente quanto a formação do Fisioterapeuta, abordando visão crítica da realidade política, social e econômica do país;
k) Promover a atualização didática pedagógica em relação à formação profissional do Fisioterapeuta. 4 - OUTRAS 4.1 - Equipamentos e produtos para Fisioterapia (Industrialização e Comercialização) a) Desenvolver/Projetar protótipos de produtos de interesse do Fisioterapeuta e da Fisioterapia;
b) Desenvolver e avaliar uso/aplicação destes produtos;
c) Elaborar manual de especificações;
d) Promover a qualidade e desempenho dos produtos;
e) Coordenar e supervisionar demonstrações. do produto junto a profissionais Fisioterapeutas;
f) Assessorar tecnicamente a produção;
g) Supervisionar e coordenar a apresentação do produto em feiras e eventos;
h) Desenvolver material de apoio para treinamento;
i) Participar de equipes multidisciplinares responsáveis pelo desenvolvimento dos produtos, pelo seu controle de qualidade e análise de seu desenvolvimento e risco sanitário. 4.2 - Esporte a) Planejar, implantar, coordenar e supervisionar programas destinados a recuperação funcional de atletas;
b) Realizar avaliações e acompanhamento da recuperação funcional do cliente;
c) Elaborar programas de assistência fisioterapêutica ao atleta de competição;
d) Integrar a equipe multidisciplinar de saúde do esporte com participação plena na atenção prestada ao atleta. 4.3 - Acupuntura a) Utilizar a prática da acupuntura desde que, supridas as exigências contidas nas Resoluções do COFFITO que disciplinam a matéria. 5 - EXIGENCIAS LEGAIS 5.1 - Responsabilidade Técnica a) Toda empresa ligada a produção de equipamentos de utilização em Fisioterapia e as que prestam assistência fisioterapêutica, são obrigadas ao registro nos Órgãos de controle e fiscalização do exercício da atividade profissional da Fisioterapia (Lei n0 6.316/75);
b) No momento da solicitação de seu registro, deverão apresentar profissional Fisioterapeuta, para assumir a responsabilidade técnica da Empresa perante o órgão de fiscalização, a quem serão imputadas as responsabilidades pelas quebras da ética social que não sanear ou denunciar. 5.2 - Registro Profissional a) Para o exercício da atividade profissional de Fisioterapeuta no país, é exigível além da formação em curso universitário superior, o registro do seu título no Conselho Profissional da categoria;
b) A atividade profissional só é permitida após o trâmite processual e a concessão de autorização provisória de trabalho ou Carteira de Identidade Profissional de Fisioterapeuta (Lei n0 6.31 6/75). FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL INSTITUCIONAL EM FISIOTERAPIA A fiscalização do exercício profissional da fisioterapia incumbe aos Conselhos Regionais nos limites de sua jurisdição; nos moldes estatuídos pela Lei Federal 6316 de 17 de dezembro de 1975, criadora do Conselho Federal e Regionais, tendo por escopo de forma primeira, educar e orientar para depois, caso necessário, punir.

Para tanto, se faz presente em todos os locais onde se pratica a Fisioterapia, verificando a presença do responsável técnico, documentação exigida por lei, estado dos aparelhos, espaço físico utilizado, higiene e ventilação do local, (os dois últimos itens sujeitos a fiscalização da Vigilância Sanitária, porém também sendo checados e relatados nos Termos de Visita).
Deixamos claro que os procedimentos fiscalizatórios aqui enumerados não são exaustivos, mas apenas são colocados a título de informação. Em seu nobre mister o fisioterapeuta detém competência para solicitar exames complementares, acompanhados de laudos técnicos especializados, a fim de buscar informações que entender necessárias ao acompanhamento evolutivo do tratamento induzido ao paciente sob sua responsabilidade.
Dada a importância e responsabilidade de seu campo de atividade, é vedado ao fisioterapeuta atribuir ou delegar atos de sua competência a pessoas não habilitadas à prática da Fisioterapia , nem mesmo sob sua supervisão. PROCEDIMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS - ATOS PRIVATIVOS Todos os contidos na Resolução COFFITO 08/78 - arts. 1º 2º e 3º
Para tanto o fisioterapeuta pode valer-se de exercícios específicos (cinesioterapia) ou utilizar técnicas que envolvem o emprego de aparelhos, dosando nesses casos a freqüência, número de sessões terapêuticas e indicação do período de tempo de cada uma.
A escolha do tratamento adequado (técnica a ser utilizada) indicação, periodicidade, devem ser definidas através do diagnóstico fisioterapêutico (anamnese) que é realizado no procedimento de consulta.
O Referencial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos, descreve com precisão e clareza os objetivos, componentes e tipos de Assistência Fisioterapêutica , indicando inclusive os níveis de complexidade. CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL O atendimento a pacientes pode ser feito a domicílio, em clínicas, consultórios, centros de reabilitação, hospitais, UTI's, ambulatórios.
O fisioterapeuta atua nas áreas: fisioterapia ortopédica, cardiológica, oncológica, respiratória, pediátrica, estética, do trabalho, dentre outras.
Ainda atua no Magistério Superior - Cursos de Graduação e PósGraduação, dando assessoria e consultoria, no campo da pesquisa e em empresas.

Retirado de: http://www.wgate.com.br/conteudo_fisioweb.asp?p=o_que_fisioterapia